domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

à beira...

seus olhos estavam em direção ao horizonte... seus ouvidos escutavam as ondas do mar que se chocavam com as pedras... sua pele sentia o vento forte e tempestuoso que quase o jogava precipício abaixo... mas ele continuava ali, estático, sem saber o que fazer... em alguns momentos, tinha vontade de saltar, mas sentia que não conseguiria, no entanto... necessitava da ajuda de alguém... gritou... gritou o mais forte que pode, pois queria tirar aquele peso das costas... depois disso, aguardava... não sabia se iam lhe dar um empurrãozinho em direção ao abismo ou se iam dar uma mão amiga que o puxasse dali... aguardava...
Tiago Elídio...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

pássaros voando...

estava sentado no banco da praça... bem à sua frente, vários pássaros comiam migalhas de pão que uma velha senhora lhes dava... era uma bonita imagem... sem pensar, tirou sua máquina fotográfica da sua bolsa e começou a fotografar... primeiro a cena em um plano mais aberto... depois começou a usar o zoom e assim a aproximar-se mais dos pequenos seres que se alimentavam e o encantavam... apesar de se parecerem uns com os outros quando vistos de longe, era possível notar melhor as diferenças de perto... teve vontade de pegá-los e acariciá-los... guardou sua câmera de volta em sua bolsa e tentou se aproximar... mas os pássaros, ariscos, se afastavam... tentou ganhar sua confiança dando comida, como a velha senhora, que havia ido embora, mas não conseguiu... eles se afastavam à medida que ele se aproximava... um, no entanto, ficou imóvel e o olhava atento... ficou também parado, sem saber como se aproximar... então colocou um pedaço de pão em sua mão e o esperou... o passarinho, através de pequenos pulinhos, começou a se aproximar... chegou, por fim, em sua mão... com a outra, pegou-o e começou a lhe fazer carinho... o pequeno pássaro parecia gostar, era como se estivesse sorrindo através de seu bico... então percebeu que outro pássaro se aproximava para tentar pegar a comida que havia caído do anterior... era também muito bonito... reluzia a luz do sol... então também tentou pegá-lo, mas o pássaro da outra mão se foi... o outro, que havia permitido somente um leve toque, também saiu voando... todos batendo suas asas em direção ao céu...
Tiago Elídio...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

pájaros volando...

"J'étais là, attentif, les observant, avide de les connaître, m'approchant d'eux, petit à petit, les découvrant chacun à leur tour. Je restais là, tentant de m'approcher davantage. Je cherchais le plus joli, celui qui me ressemblerait le plus. Je les regardais, tous mélangés, en mouvement, se dispersant. Je les voyais s'éloigner chaque fois plus. Je devais rester attentif, ne pas me tromper, ne pas le manquer, car à la fin tous s'envoleront. Il n'en restera aucun. Comme me disait un ami : « mieux vaut un oiseau dans la main, que deux en train de voler. » il n'avait pas tort, encore faut-il avoir le bon... et moi, je ne suis pas né avec des ailes."
F. W.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Volta com pôr do sol



No sábado passado, no aeroporto de Chicago, esperava o voo que me levaria de volta a São Paulo. Diante de mim, uma longa parede de vidro mostrava, além dos aviões estacionados, um pôr do sol glorioso e dilacerante.
Por alguma sabedoria (consciente ou não), meus companheiros de espera estavam quase todos sentados de costas para a janela. Alguns poucos, pela posição de seus assentos, teriam condição de contemplar o pôr do sol, mas não levantavam os olhos de seu notebook.
Oscar Wilde afirmava que o pôr do sol só passou a existir com as pinturas de William Turner, no começo do século 19; era um jeito de dizer que a natureza está lá desde sempre, mas é a arte que nos ensina a enxergá-la. Concordo. E há outras razões pelas quais o pôr do sol é uma experiência especificamente moderna.
Nos últimos 300 anos, atribuímos mais importância à existência individual de cada um do que à vida de grupos, tribos e nações, ou seja, salvo momentos vacilantes de fé em ressurreição ou reencarnação, nossa morte nos parece acabar com tudo o que importa. Somos, portanto, especialmente sensíveis ao fim do dia, cujo espetáculo acarreta consigo a lembrança dolorosa do fim de nossa jornada, que se aproxima.
A psicopatologia reconhece, aliás, a existência, em alguns indivíduos, de variações sazonais do humor: depressão no outono e no começo do inverno e, às vezes, exaltação maníaca na primavera. Pode ser que a alternância das estações, sobretudo onde elas são mais marcadas, longe do Equador e dos trópicos, produza mudanças no metabolismo. Mas pode ser, simplesmente, que a alternância das estações lembre o ciclo de nossa vida, e o outono seja o equivalente anual do fim da tarde de cada dia.No caso do pôr do sol de sábado, em Chicago, visto da sala de espera de um aeroporto, era como se a iminência da viagem tornasse a experiência mais triste. Por quê?
Há um quadro de Jean-François Millet, que todo mundo conhece, "O Ângelus", pintado em 1859. Nele, um casal de camponeses, no meio da lavoura, ouve os sinos do ângelus vespertino (à distância, vê-se o campanário de uma igreja). Os sinos dizem que é a hora de rezar e que o dia acabou.
Deveria emanar do quadro uma sensação intensa de paz: seu ofício cumprido, o casal logo voltará para o calor pobre, mas digno, de seu lar. Mas esse retrato de uma vida simples e reta sempre foi, para mim (e não só para mim), estranhamente aflitivo. Acontece que o ângelus vespertino é um toque de paz só para quem tem uma casa para a qual voltar. Para os outros, é o sinal melancólico de uma perda sem remédio.
Tudo bem, viajei muito. Várias vezes, ao longo da vida, mudei de língua e país, mas o que importa aqui não são os acidentes de minha história. A modernidade se define pela viagem, pela decisão de não aceitar que o lugar onde nascemos seja nosso destino -por exemplo, pela vontade de deixar o campo e ir para a cidade. É assim desde o século 13 ou 14, quando a gente começou mesmo a circular -primeiro pela Europa, depois pelos mares e por terras incógnitas e agora pelos céus e mundo afora.
Na "Divina Commedia" (que é uma enciclopédia da modernidade incipiente), Dante descreve assim o fim da tarde (minha tradução em prosa de "Purgatório, 8, 1-6"): "Já era a hora em que o desejo volta aos navegantes, e seu coração é enternecido pela lembrança do dia em que disseram adeus a seus doces amigos; é também a hora que fere de amor o novo viajante, se ele ouve de longe um sino que parece chorar o dia que está morrendo."Pelo gênio de Dante, o desejo dos navegantes não é, como se esperaria, o anseio de novas terras no horizonte de sua viagem. Claro, a viagem os seduz, mas seu desejo é nostalgia do que eles deixaram atrás, do que perderam por se tornarem viajantes.
E perderam o quê? Sobre que perdas se funda a subjetividade moderna -a nossa, livre e andarilha? Este é o custo básico da liberdade e da autonomia que prezamos acima de tudo: a gente renuncia, antes de mais nada, ao calor do lar -aquele lar que nos esperaria ao fim de cada dia, se tivéssemos ficado no campo, com os camponeses de Millet.
Alguém dirá: que drama é esse? Perde-se a casa dos pais, mas a gente faz outra. Não tem um ditado que diz: "Quem casa quer casa?".
Tem, sim, e, justamente, uma razão pela qual casar-se é tão complicado, é que a gente casa porque quer não "uma" casa, mas "aquela" casa, a que a gente perdeu e nunca vai reencontrar. Enfim, tudo isso escrito enquanto, justamente, volto para casa.
Contardo Calligaris

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Bueno, nunca os lo he contado, pero a mí me cuesta mucho trabajo vivir. Siempre, desde siempre. Es algo difícil de explicar, como a vosotros no os pasa seguramente no lo entenderéis, pero yo siempre he sentido que vivía dentro de un túnel, a oscuras, aparte, lejos de todo. Veía luces al principio y al final, sabía que existía el mundo, más gente, el sol, la luz, las calles, mis padres, todo eso, pero no podía salir, ni siquiera quería salir de allí, era demasiado esfuerzo. Nunca os lo he contado, pero a mí me da todo mucha pereza, despertarme por la mañana, levantarme de la cama, vestirme, desayunar, todo eso me cansa mucho, estoy muy cansado antes de hacer nada, tengo que obligarme a hacer las cosas que los demás hacen sin darse cuenta. y a medida que consigo hacerlas, me siento menos cansado, y no más, es muy raro..."
Castillos de Cartón...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Saudades de não sei o quê

Pensei bem e decidi: vou largar a barra da saia da mamãe. Deixar pra trás a cama sempre arrumada, as roupas limpas, o leite no pires. Não quero mais ganhar presentes sem merecer, nem afagos a qualquer hora do dia. Me cansei dessa vida de filho único. Estou com saudades de não sei o quê; só sei que é de coisa que não vivi. Não quero mais gastar meus dias entre livros. Não quero mais perder a noção do tempo imerso num mundo que não é o meu. Preciso descobrir o que existe do outro lado; sentir o perigo perto. Quero sentir medo. Quero sentir paixão; sentir o sangue pulsando agitado da ponta dos pés às orelhas.

Quero a prova de que tudo o que ouço é verdade. Quero experimentar novos sabores… azedos demais, salgados demais, amargos… Preciso de um corte no dedo que cicatrize sem curativo. Preciso esperar no ponto por um ônibus que não vai chegar nunca; e vou olhar para o relógio mil vezes enquanto isso. E quando todas essas coisas já forem rotina para mim vou correr na chuva, chorar ouvindo uma música, pegar um resfriado, ficar na cama sentindo a solidão, esperar telefonemas que não vão acontecer.

Mas quando a felicidade me pegar de jeito, vou senti-la plenamente em cada poro, em cada célula do meu corpo. E celebrá-la, como se eu pudesse ser o último no mundo a senti-la.

Abro os braços, inspiro fundo e me lanço da janela. Quatorze metros e meio até o chão. Restam seis vidas.

Ana Angélica Martin

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

hoy me desperté medio lesbiana...

hoy me desperté medio lesbiana... no sé que me ha pasado, pero desde que abrí los ojos por la mañana, sentí que algo estaba distinto... tal vez fue por consecuencia de algún sueño, donde estaba con una mujer y me lo pasaba muy bien... pero no me acuerdo... lo que sé es solamente que tuve esa sensación, no más... y mientras desayunaba, no podía parar de pensar en eso... y me imaginaba con una chica... cuando percibí, estaba lamiendo la cuchara del café y imaginando cosas y me sorprendí... no me parecía raro, pero tampoco era algo que me dejaba muy confortable al inicio, pues nunca había estado con una chica... pero fui acostumbrándome mejor con la idea mientras pasaban las horas y más imágenes de mí con otras mujeres me pasaban por la mente... al medio día, ya estaba con mucha hambre y las ganas de probar una mujer ya me salía del control... no paraba de mirar fijamente a todos los seres del sexo femenino que pasaban delante de mí... y más una vez me sorprendí, pues tenía la boca medio abierta y uno o dos de mis dedos entre mis labios... ya empezaba a parecerme una locura... no entendía por cuales razones hoy me había despertado medio lesbiana... no sé si eran mis hormonas... si era la falta de sexo en las últimas semanas... si eran ganas de probar cosas nuevas... no lo sabía, sólo sabia que hoy me había despertado medio lesbiana... por la tarde, llamé a mi amigo... necesitaba hablar sobre eso con alguien, aunque le pudiera parecer algo muy raro... y así realmente ha pensado mi amigo... después de algunas carcajeadas, me preguntó si yo había fumado marihuana... entonces resolví decirle que realmente estaba bromeando, aunque no lo estaba... pero me pareció mejor guardar eso para mí, pues me parece que es difícil para que la gente comprenda cosas que están fuera del común... una lástima, pero así es... entonces tomé otra decisión, salir por la noche y ver si encontraba alguna chica.... las horas vespertinas tardaron mucho a pasar y no conseguía de manera alguna concentrarme en mi trabajo... apenas pensaba en la posibilidad de conocer alguna chica por la noche... pero aunque tardó mucho, llegó el final del expediente y pude por fin ir a la casa.... a la caza, en verdad... salí del trabajo y me fui directamente a un bar... me senté, pedí una cerveza y me puse a mirar posibles blancos... no había muchos en verdad... algunas ya estaban acompañadas y otras estaban en círculos de amigos y por lo tanto medio encerradas... pero hubo un momento en que una linda mujer adentró el bar y se sentó sola... es esa, me dije... y me puse a mirarla como si estuviera bajo el efecto de hipnosis... ella percibió y se quedó mirando recíprocamente por unos instantes y después cambió la dirección de la mirada... pero pronto volvió a mirarme... yo no sabía si me miraba porque yo era una persona rara o si también estaba interesada... entonces pedí una caipiriña de fresa... necesitaba algo más fuerte para tomar alguna iniciativa, pues todavía sentía una tensión en mi cuerpo... pero la seguí mirando y percibí que ella parecía abierta a una conversación, pues hubo una vez que me miró sonriendo... me dirigí entonces a su mesa y le pregunté si podía sentarme ahí... me dijo que sí con una sonrisa... entonces me senté y nos pusimos a hablar... era una mujer muy encantadora... sus ojos me hipnotizaban... pero yo todavía me preguntaba porque hoy me había despertado medio lesbiana... sin embargo, después de terminar mi copa, ya no pensaba mucho más en nada, apenas tenía ganas de besarle... y se lo dije... su reacción me sorprendió... no me miró raro como si yo fuera un alienígena, tampoco se puso enojada como si yo estuviera diciéndole un absurdo... su reacción fue muy sencilla... cogió mi mano con una de sus manos, la otra puso en mi rostro y enseguida me besó... yo no lo podía creer... estaba besando una mujer y era muy buena la sensación... me sentía feliz por el beso y por haber logrado mi objetivo... pero todavía no entiendo muy bien porque hoy me desperté medio lesbiana, yo, un chico gay que le gustan mucho los hombres... pero hay cosas que es mejor no entender y apenas sentir... y bueno, mañana veré como me despertaré...
Tiago Elídio...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"If you can't change reality, change your perception of it."
Audre Lorde... In: Zami: A New Spelling of My Name...

domingo, 10 de janeiro de 2010

"Dónde está el niño que yo fui,
sigue adentro de mí o se fué?

Sabe que no lo quise nunca
y que tampoco me quería?

Por qué anduvimos tanto tiempo
creciendo para separarnos?

Por qué no morimos los dos
cuando mi infancia se murió?

Y si el alma se me cayó
por qué me sigue el esqueleto?"

Pablo Neruda...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

la soledad...

"(...) Entre los otros y tú, entre el amor y tú, entre la vida y tú está la soledad. Mas esa soledad, que de todos te separa, no te apena ¿Por qué habría de apenarte? Cuenta hecha con todo, con la tierra, con la tradición, con los hombres, a ninguno debes tanto como a la soledad. Poco o mucho lo que tú seas, a ella se lo debes.
De niño, cuando a la noche veías el cielo, cuyas estrellas semejaban miradas amigas llenando la oscuridad de misteriosa simpatía, la vastedad de los espacios no te arredraba, sino al contrario, te suspendía en embeleso confiado. Allá entre las constelaciones brillaba la tuya, clara como el agua, luciente como el carbón que es el diamante: la constelación de la soledad, invisible para tantos, evidente y benéfica para algunos, entre los cuales has tenido la suerte de contarte."
Luis Cernuda... Ocnos...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

neve...

quando o despertador tocou, irritou-se... não tinha vontade de se levantar... havia demorado muito a dormir pensando em todos os problemas que o angustiavam... além disso, era mais confortável dormir e sair dessa realidade sofrível... sem mencionar o frio que fazia do lado de fora... motivos suficientes para continuar embaixo dos cobertores... porém, ainda não havia desistido do mundo e dos seus compromissos, embora tivesse vontade... então, alguns minutos depois, resolveu sair da cama... abriu a janela e se deparou com a neve... não era algo a que estivesse acostumado, por isso essa era uma novidade bela que parecia interessante de se observar... e ao invés da neve lhe deixar com mais vontade de permanecer em casa, ela surtiu o efeito contrário... teve vontade de sair, por fim... já na rua, debaixo dos flocos de neve que caíam, observava as pessoas bem abrigadas e bem apressadas... uma senhora corria para tentar alcançar o ônibus que partia... o motorista, no entanto, não se sensibilizou e seguiu seu trajeto sem parar, deixando apenas fumaça para a senhora... como ela não tinha outra opção, sentou-se a esperar o próximo, com névoas de insatisfação em sua cara... isso lhe entristeceu, pois pequenas ações podem fazer muita diferença para uma pessoa... ao invés de estar dentro do ônibus, em um ambiente mais quente, com um sorriso no rosto, estava na rua, triste, à mercê do frio da estação e das pessoas... porém, depois de continuar caminhando, cruzou com um senhor na estreita calçada, cada um com seu guarda-chuva... era impossível os dois passarem ao mesmo tempo... então, o senhor parou, ergueu seu guarda-chuva e o deixou passar... isso lhe rendeu um agradecimento e um sorriso... ações simples e gentis lhe deixavam muito feliz, pois mostravam que algumas pessoas ainda se importavam com as outras, por mais difícil que estivesse o dia... por fim, antes de entrar na estação de metrô, se deparou com um boneco de neve... e ele também trazia um sorriso na cara...
Tiago Elídio...

dedicado a Lyne... ao som de Cat Power...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

continuava seus voos pelos céus azuis... porém, já estava um pouco cansado de bater asas sozinho... embora estivesse sempre acompanhado de outros pássaros do bando, necessitava de um que fosse mais íntimo... e que voasse ao seu lado... a um mesmo destino... pois queria sossegar um pouco em algum canto... estava um pouco cansado de ficar voando sem direção... encontram-se muitas coisas interesantes pelo caminho, mas tudo é muito incerto... queria um pouco mais de segurança e de carinho... de qualquer forma, continuava seus voos pelos céus azuis...
Tiago Elídio...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

"When I am too sad and too skinny to keep keeping, when I am a tiny thing against so many bricks, then it is I look at trees. When there is nothing left to look at on this street. Four who grew despite concrete. Four who reach and do not forget to reach. Four whose only reason is to be and be."
Sandra Cisneros... The House on Mango Street...