quarta-feira, 28 de novembro de 2012

o primeiro que disse...

"Vá em frente! Fique à vontade! Mude de cidade, você também! Faça como eu! Encontre dois ou três amigos, para falar sobre como você é... encontre alguém para amar... entre milhares de pessoas que não querem você. Chore, sofra... em segredo."



"É isso o que quero fazer na vida... quero escrever. Alguns dias atrás, em Roma, chegou uma carta para mim. Disseram que não irão publicar o romance que escrevi. Não gostaram... mas não me importa! Vou escrever outro e mais outro. Se não os publicarem, continuarei escrevendo para mim."

Tommaso Cantone...

Filme: 
Mine Vaganti - O Primeiro que Disse
(Itália, 2010, Ferzan Özpetek)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

corpos presentes...

estava paralisado como uma estátua… mas seu coração ainda pulsava fortemente… do alto daquele edifício, refletia sobre sua vida… o céu estava lindo aquele dia… azul e belo, com algumas nuvens que o enfeitavam… o vento batia no seu rosto e lágrimas escorriam dos seus olhos… sentia-se oprimido, triste, desanimado, sem vida… já não suportava mais tanta tristeza… acreditava que era hora de dar um ponto final nisso tudo… o preconceito havia começado quando ainda era criança… na escola, coleguinhas usavam nomes feios para se referir a ele… para se defender, isolava-se dos demais e ficava no seu canto, desanimado, sem vida… depois, na adolescência, também não havia passado pelas descobertas decorrentes da explosão hormonal… ao invés de sair para paquerar com os amigos, ficava trancado em seu quarto, desanimado, sem vida… com seus pais, a relação também não era muito boa… viviam em mundos muito distintos, e não conseguiam se entender… assim, não havia muito diálogo… e não tinha irmãos, o que o deixava completamente sozinho, preso aos seus monólogos interiores, desanimado, sem vida… todas essas imagens do passado transitavam por sua cabeça… e lá embaixo, os transeuntes caminhavam apressados de um lado para outro… ao contrário de antes, ninguém o apontava mais, afinal ninguém o notava ali… já não tinha mais forças para continuar lutando… a única energia que lhe restava foi usada para um impulso final… então se jogou… não se sabe se bateu asas e voou… ou se acordou de um pesadelo… o que se sabe é que essa história terminava ali…
Tiago Elídio...



Foto: Tiago Elídio...

Publicado originalmente na edição número 2 da revista Qüir de Portugal.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

o livreiro barbudo...

de terça a sábado, lá está ele na livraria do centro cultural... em meio aos mais variados livros, ali está ele, em pé, entre uma prateleira e outra... falando atentamente com os clientes, buscando os livros que estes não encontram, ajeitando, com suas habilidosas mãos, os cds e dvds que estão fora de lugar... nos seus raros momentos de tranquilidade, abre um livro e se desloca a outra dimensão, vivendo histórias que não são suas... nesse ínterim, enquanto sua mente está em outro lugar, seu corpo permanece ali parado, chamando a atenção de clientes com sua chamosa barba... quando volta à realidade e olha ao redor, deixa à vista seus belos olhos, hipnotizando quem consegue uma cruzada de olhares, instigando involuntariamente aqueles que estão ali buscando uma nova história... torna-se, assim, mais um personagem que desperta interesse em ávidos leitores... e, da mesma forma como o livro que tem em mãos, cabe a ele esquivar-se dessa história, fechando o livro... ou então mantê-lo aberto, continuando a história...
Tiago Elídio...

sábado, 3 de novembro de 2012

in my dreams...

Fighting away the tears
Feist & Mocky



Fighting away the tears
Fighting away the tears
I've been holding on for years
Fighting away the tears


I woke up in the middle of the night
Dreaming I had you by my side
You saw my hair look like a bird's nest
I swear I'll make you forget all the rest

Then I saw that I was all alone
Your location, I did not know
It was a dream, nothing more, nothing less
I guess there's still a couple things I regret
That's why I'm

Fighting away the tears
Fighting away the tears
Holding on for years
Fighting away the tears


My tears fall like rain drops
The years passed like pills pop
Like smoke in my eye
Like pigs, they don't fly
Like Santa he don't care
My rainbow's gone nowhere
The sound of your voice
Replaced by white noise
I don't want time to erase
My memories of your face
That's why I keep on fighting
That's why I keep providing
Goosebumps in my song writing


Fighting away the tears
Fighting away the tears
Holding on for years
Fighting away the tears

Oh, don't you worry
I'll keep on fighting
I'll keep on calling your name in my dreams


In my dreams (in my dreams)
In my dreams (in my dreams)
In my dreams (in my dreams)


Fighting away the tears
Fighting away the tears
And I've been holding on for years
Fighting away the tears


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in my dreams... (in Madrid...) 
in my dreams... (in Madrid...) 
in my dreams... (in Madrid...) 











Foto: 
Florian 
Polt...