quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

sufoco...

grãos finos de areia que se desvanecem na imensidão do infinito... uma areia que corrói os olhos de quem vê, cega o mais inocente dos indivíduos endiabrados... torna o mais purificado num ser dilacerado, petrificado, com um coração cinzento, frio, que não bate, tiquetaquea como um relógio com bateria fraca, quase parando, com o ponteiro do segundo se esforçando pra funcionar, como num sonho onde se tenta correr, progredir... um desespero, uma ânsia pelo despertar, um sufoco desesperador aguardando o amanhecer, esperando o porvir que nunca vem...
Tiago Elídio...

Um comentário:

Sérgio Roberto Sandes disse...

"Enquanto isso vivemos a divina comédia humana, onde nada é eterno...enquanto houver espaço, corpo,tempo e algum modo de dizer não, eu canto...(Belchior)

E o sufoco vai embora, igual a balão de São João...

Ps.: E não é para isso que escrevemos?! Para que os outros nos leiam através dos olhos...
É muito bom mesmo!

Abração grandão