segunda-feira, 27 de junho de 2011

hoje havia acordado com cara de enterro... meu próprio enterro... havia sido uma noite horrível... mal dormida, com lágrimas escorrendo minuto a minuto... pensamento pesado, enuviado, como se pairasse sobre a cabeça uma chuva ácida corrosiva... e, com a aurora, o luto... a difícil aceitação de que estava morto... de que o coração não batia havia tempo... cortar os pulsos, de fato, não adiantava, pois dali não sairia sangue algum... já não pulsava mais vida nesse ser... já não existia mais nada... sequer uma brisa interior, uma esperança... e depois da enxurrada expelida para fora desse globo ocular, os olhos foram se fechando lentamente, levando a uma outra dimensão... quando voltei a abri-los, já havia sido enterrado...
Tiago Elídio...

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