sábado, 17 de maio de 2008

ponto de fuga...

"- um cafézinho, por favor!"... enquanto esperava seu pedido pensava em tudo que ainda tinha por fazer e na grande falta de vontade... queria mais é que o mundo explodisse e ele pudesse enfim ficar livre disso tudo... sua consciência estava ficando cada vez mais pesada... era uma neurose da qual ele não conseguia se livrar... uma batalha interior que o desgastava de tal maneira que sua cabeça parecia que ia explodir... pequenos dilemas que se tornavam grandes angústias... não podia evitar... pegou o isqueiro e acendeu um cigarro... por alguns instantes sentiu-se fora de si, como se estivesse se esvaindo junto com a fumaça... saindo de seu corpo e indo além... era uma fuga necessária... depois, tomou seu café e voltou à realidade... "obrigado!"...
Tiago Elídio...

2 comentários:

Sérgio Roberto Sandes disse...

Lendo esse seu texto, me fez pensar nesse do Mario Quintana:

“Desconfie daqueles que não fumam. Essas pessoas não tem coração, não tem sentimentos. Fumar é uma maneira disfarçada de suspirar.”
(Mário Quintana)

Voltando ao ponto de fuga...melhor mesmo é ficar, nunca fugir, nunca. A fuga para mim soa como um desistir-agora e resolver-depois, e isso só aumenta nossa angústia...

Então acendo um cigarro e esqueço a fuga. Assim eu fico, assim eu resolvo. Alí comigo.
Beijo. =]

Anônimo disse...

adorei, realmente a fuga acaba parecendo uma solução provisoria.
tô toda enrolada, depois respondo melhor seus scraps e converso com vc.
boa semana! beijos